Seu conteúdo está virando ‘ração’ para IA? Entenda o choque de realidade e os 6 caminhos para sobressair
Quando o Google lançou o AI Overview e ferramentas como o Perplexity ganharam espaço, um alerta começou a subir para quem depende do tráfego orgânico: as inteligências artificiais passaram a responder diretamente às perguntas dos usuários. O resultado? Sites de notícias e blogs reportam quedas de até 96% sem tráfego de referência em determinados conteúdos, segundo relatório recente da TollBit divulgado pela Exame.
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Esse movimento não é uma hipótese futura. Ele já está remodelando a forma como os consumidores descobrem informações, produtos e marcas. A nova fase da web exige que as empresas abandonem velhos manuais de SEO e repensem sua estratégia digital. E, embora isso traga riscos, também abre espaço para vantagens competitivas, desde que a adaptação seja rápida e estratégica. O novo jogo não é sobre sobreviver, mas sobre liderar a busca.

O fim da busca por clique
Tradicionalmente, os buscadores exibem uma lista de links para o usuário decidir onde clicar. Agora, as IAs entregam uma resposta pronta em um bloco único, muitas vezes sem exigir que o usuário visite o site de origem. O cenário atual é ditado por ferramentas que funcionam como “buscadores conversacionais”:
- Visão geral do Google AI: integra respostas sintéticas diretamente no topo da SERP.
- Perplexity: funciona como um “buscador conversacional”, que compila múltiplas fontes e apresenta um resumo já formatado.
- Google Lens: já permite buscar por imagens e obter resultados visuais combinados com informações contextuais sintetizadas pela IA, um movimento que desloca parte do tráfego que antes iria para sites especializados em e-commerce ou bancos de imagens.
- ChatGPT com navegação na web: oferece respostas baseadas em múltiplas fontes e, em muitos casos, entrega a informação em formato final sem que o usuário precise abrir os links.
- Bing Copilot: integrando IA generativa à busca, cria resumos, comparativos e até itinerários de viagem, muitas vezes eliminando o clique para blogs e portais.
Essa mudança está drenando acessos de veículos de mídia, blogs corporativos e até e-commerces que apostavam em ranqueamento orgânico. É um choque de realidade: se o conteúdo da sua marca não foi pensado para sobreviver nesse novo ambiente, ele será apenas alimentado para treinar a IA, sem retorno para o seu negócio. Os riscos iminentes que trabalhamos para evitar, são:
- Menor tráfego direto: o público encontra respostas na própria busca, sem clicar no seu site.
- ROI comprometido: campanhas de inbound baseadas apenas em volume de tráfego tendem a ter resultados cada vez menores.
- Risco de invisibilidade: se sua marca não aparece como fonte acima, o usuário nem sabe que você existe.
Ou seja: a era da “produção de massa” de conteúdo já está por um fio. O novo diferencial é produzir o que a IA não consiga substituir facilmente seja pela profundidade, exclusividade ou autoridade de sua marca.

6 Passos para liderar nesse game
O que parece ameaça pode se tornar oportunidade. As empresas que entendem essa transição precoce não conseguem apenas se proteger, mas escalam sua relevância digital. Eis os caminhos:
1. SEO para IAs, não apenas para buscadores
O SEO tradicional não está ausente, mas precisa evoluir. Estruture seus conteúdos com dados, tabelas, listas claras e marcações (schema.org) que facilitam a indexação e incentivam a IA a referenciar a sua marca como fonte.
2. Conteúdo proprietário e exclusivo
Relatórios, pesquisas internacionais, cases reais, insights de especialistas: esse é o tipo de material que não pode ser “inventado” pela IA. O que é único da sua empresa se torna inestimável.
3. Branding digital como escudo
Se o usuário não clicou no seu link, mas lê sua marca como fonte da resposta, a autoridade ainda se fortalece. Branding consistente garante que sua voz não se perca no resumo da IA.
4. Diversificação de canais
Aposte em comunidades, newsletters, podcasts, eventos online. Esses espaços criam vínculos diretos com o público, sem depender apenas do tráfego de busca.
5. Formatos híbridos
Conteúdo multimídia (vídeos, infográficos, interações) é mais difícil de ser sintetizado por IA. Isso aumenta as chances do usuário buscar a versão completa no seu site.
6. Monitoramento e adaptação constante
Mais do que visitas, acompanhe estatísticas como engajamento, leads e conversão real. O volume de tráfego pode cair, mas o impacto de marca e vendas pode crescer se for uma estratégia bem calibrada.
E não para por aí, já temos que nos preparar para o que vem em seguida:
- IAs de nicho (jurídicas, financeiras, médicas) criando ecossistemas verticais.
- Busca híbrida: parte sintética, parte tradicional, com destaque para quem entregar autoridade ou conquistar fidelidade de público como a ferramenta ‘seguir’ do Google Discover.
- Novos modelos de negócio: parcerias de licenciamento entre produtores de conteúdo e empresas de IA.
- Proteção de conteúdo: tecnologias anti-raspagem e marcas d’água digitais tendem a se popularizar.
O cenário é de mudança acelerada, mas também de grandes oportunidades. Quem se adiantar, terá um terreno livre à frente, enquanto concorrentes ainda se perguntam “o que aconteceu com meu tráfego?”.

Conclusão: liderança é SEO, conteúdo exclusivo e branding
A busca por IA não é uma ameaça passageira é o novo padrão de consumo de informação. Marcas que insistem em jogar com as regras antigas correm o risco de desaparecer na invisibilidade digital.
Por outro lado, empresas que transformam essa transição em estratégia — unindo SEO evoluído, branding forte e conteúdos exclusivos — não apenas vão sobreviver, como vão liderar a próxima fase da web.
Quer entender como sua marca pode usar inteligência artificial a favor do seu conteúdo e não contra ele? Fale com a nossa equipe aqui na CH! Vamos desenhar uma estratégia personalizada para garantir relevância, autoridade e resultados reais no cenário da busca com IA.





