Saiba como a Nano Banana pode agilizar a criação visual sem comprometer a excelência (aliada, não substituta)

O futuro da criação visual está sendo acelerado a passos largos e o Google acaba de dar um novo salto com a Nano Banana, sua inteligência artificial “misteriosa” capaz de realizar edições realistas em segundos. A promessa parece ousada: transformar a forma como as imagens são produzidas, questionando a hegemonia de ferramentas tradicionais como o Photoshop. Mas a grande questão não é se essa novidade vai substituir designers; e sim como ela pode potencializar o trabalho criativo de profissionais e marcas que dependem de impacto visual.

O movimento faz parte de uma transformação mais ampla. Segundo o McKinsey Global Institute, até 30% das horas de trabalho atuais podem ser automatizadas até 2030, especialmente em atividades repetitivas, um sinal claro de que áreas como design têm seus fluxos acelerados.

Já a Adobe, em seu relatório de Tendências Digitais em 2025, mostrou que empresas que testaram IA generativa em design registraram ganhos consistentes de produtividade e velocidade de entrega. Em outras palavras: não se trata apenas de economizar tempo, mas de abrir espaço para experimentação, testes visuais A/B e personalização em escala.

O que muda no processo criativo

A Nano Banana é um projeto experimental do Google que ganhou os holofotes recentemente por sua capacidade de entregar edições instantâneas, hiper-realistas e com alto nível de detalhe, usando apenas instruções de texto. Isso levanta uma questão: até que ponto esta agilidade pode coexistir com a manutenção da identidade visual, da qualidade técnica e da direção artística que as marcas esperam?

A Nano Banana pode automatizar etapas técnicas e liberar o tempo criativo para funções de maior valor. Prototipar cenários de campanha, testar rapidamente variações visuais ou adaptar conteúdos para diferentes nichos passam a ser algo instantâneo. Mas isso não significa que “qualquer um” ​​vá produzir comunicação consistente. O que muda é que o designer pode usar a IA como parceira de iterações rápidas, enquanto mantém o controle sobre direção artística, narrativa de marca e acabamento estético. A máquina gera; o humano decide.

Créditos da imagem por Danilo Oliveira/Olhar Digital

Design vai além da estética: é uma decisão estratégica

Ferramentas de IA são boas em replicar estilos, mas ainda não entendem a semiótica por trás de uma marca. Paleta, grade, tipografia e assinatura visual são ativos que necessitam da curadoria humana. Claro que nem tudo são flores, a adoção de IA visual exige atenção com ética, transparência e consistência de marca. O uso indevido de imagens, a falta de controle sobre propriedade intelectual e a regularidade de conteúdos enganosos — como deepfakes — já despertam preocupação no mercado. Um estudo do MIT Technology Review mostrou que quase 90% dos consumidores se dizem desconfiados de imagens geradas por IA quando não há clareza sobre sua origem. Isso significa que, além da eficiência, as marcas precisarão comunicar responsabilidade e preservar sua identidade visual em meio a essa enxurrada de novas ferramentas.

É nesse ponto que entra o papel das agências especializadas. O desafio não é apenas dominar a ferramenta, mas integrar inovação tecnológica à identidade estratégia criativa, garantindo que um visual continue forte e reconhecível, mesmo quando a produção ganha velocidade. Para um designer, a Nano Banana pode ser uma parceira que agiliza o processo sem roubar o crédito: ela gera, mas quem direciona, ajusta e refina é sempre o olhar humano.

No fim das contas, a Nano Banana não vem para tirar valor do trabalho criativo, mas para abrir possibilidades. Ferramentas assim têm o poder de libertar equipes de tarefas repetitivas, permitindo que concentrem energia em ideias mais ousadas, conceitos mais consistentes e narrativas visuais mais contemporâneas.

Senso crítico: riscos que não podem ser ignorados

Todo o resultado gerado por IA precisa passar por uma lente humana. Perguntas-chave ajudam nesse filtro:

  • Este visual respeita a identidade e paleta da marca?
  • Há consistência de iluminação, proporção e legibilidade tipográfica?
  • Existe risco de uso indevido de imagem (direitos autorais, rostos de terceiros)?
  • A peça comunica a mensagem central da campanha ou apenas “impressiona”?

A IA entrega a primeira versão. O refinamento e a decisão do que vai para a rua continua humano. Ou seja: não basta adotar a tecnologia, é preciso adotar políticas de transparência e consistência. Marcas que falham nesse ponto podem comprometer sua reputação no mercado.

Como operacionalizar IA em fluxos de criação

Integrar a Nano Banana (ou qualquer IA visual) exige o método. Um manual seguro pode seguir seis passos:

  1. Discovery: mapear ativos e riscos da marca.
  2. Pilotos controlados: começar pequeno, em contextos de baixo risco.
  3. Templates e bibliotecas de prompts: criar padrões de uso alinhados à identidade.
  4. Edição humana: todo resultado passa por curadoria e ajustes manuais.
  5. Medição de impacto: tempo de produção, custo por peça, CTR de variações.
  6. Escala com governança: só após validação, expandir uso para campanhas-chave.

Esse processo transforma experimentos em resultados mensuráveis, sem comprometer qualidade ou confiança.

O papel das agências especializadas

Ferramentas de IA não eliminam a necessidade de equipes criativas. Pelo contrário: aumentar a demanda por especialistas capazes de orientar, filtrar e transformar resultados brutos em comunicação de impacto.

Aqui na CH, por exemplo, tratamos a IA como alavanca, nunca como atalho. Isso significa combinar:

  • Auditoria visual: catalogar bens e regras de identidade;
  • Engenharia de prompts: desenvolver bibliotecas específicas para cada marca;
  • Human-in-the-loop: curadoria criativa e controle de qualidade em todas as saídas.

Assim, a velocidade da IA ​​é convertida em vantagem competitiva, sem prejuízos.

Conclusão: IA como aliada, não substituta

A Nano Banana não vem para roubar espaço do designer, mas para abrir possibilidades. Ao liberar tempo de tarefas repetitivas, a IA permite que designers e marcas concentrem energia em ideias mais ousadas, narrativas visuais mais consistentes e experiências mais memoráveis.

A tecnologia é rápida. Mas o impacto verdadeiro continua sendo resultado de estratégia, crítica e criatividade humana.

Quer transformar agilidade em vantagem estratégica para sua marca? A CH pode te ajudar! Vamos conversar?